Depois do buxixo de que Marcelo Adnet estaria deixando a MTV rumo a Rede Globo, para trabalhar com o diretor Guel Arraes, o mesmo do Esquenta, de Regina Casé, rumores mais fortes confirmam Dani Calabresa no elenco do CQC 2013. Certamente, cobrindo a lacuna deixada pelo "repórter das festas ee celebridades" do jornalístico-humorístico, Rafael Cortez, que já assinou com a Record.
O medo de sempre é aquele: será que se tornarão Zecas Camargos, que alcançam um grande sucesso, sem deixar de lado as características do trabalho realizado na emissora menor (e nesse grupo podemos incluir Astrid Fontenelle e Didi Wagner, ambas com ótimos programas na Multishow) ou serão futuros Marcos Mions e Cazés Peçanhas, que não obtiveram o mesmo sucesso, de público, muito menos de crítica.
A verdade é que se o apresentador não encontra uma maneira de dar sequência em seu trabalho, não descaracterizando-o, não há a menor possibilidade do sucesso perdurar. A MTV é uma emissora dedicada a um nicho, que poucas vezes combinam com outras emissoras, abertas ou fechadas. No caso do humor, creio que Dani é a que achou seu lugar com mais facilidade. Apesar de ser melhor que todo elenco do CQC junto, o humor abobado-cínico-crítico da santo-andreense cai como uma luva no formato moderno com piadas enferrujadas do programa da Band. Ela deve ser a coca-cola desse parachoque!
Espero que Adnet tenha a mesma sorte, seja mais versátil do que se imagina e também ache seu ponto em comum com a Globo, apesar de que será impossível manter a críticas inteligentes a política e a própria TV, como se via na MTV. Quem deve apagar as luzes da emissora é a Tatá Werneck. Seu humor desconcertante, absurdo e inadequado para sociedade só se encaixa mesmo na única TV que sabe tirar proveito e sarro das próprias desgraças. Acredito que ela terá um belo futuro no cinema.
Em tempo: o primeiro post desse blog será lançado em breve. Mas meu segundo nome é procrastinação e estou com a tarde (de quinta-feira) livre.
