O cantor Chorão faleceu hoje, aos 43 anos de idade, em seu
apartamento em Pinheiros, São Paulo. Há seis anos, não sozinho e deprimido como
veio a óbito, e sim com o país aos seus pés fazendo muito sucesso, ele entregou
para o diretor, até então de vídeo-clips e filmes publicitários, Johnny Araújo
o argumento de "O Magnata". Johnny já tinha um forte nome do cenário
musical, dirigiu clips do próprio Charlie Brown Jr. além de ter ganhado VMB com
vários outros clips como Qual é, de Marcelo D2.
Estrelado por nomes grandes da TV e do cinema, como Maria
Luisa Mendonça, Juliano Cazarré, Milhem
Cortaz e Chico Diaz, além de um
elenco de desconhecidos e a própria banda, Charlie Brown como Charlie Brown, o
filme conta a história de André, ou o Magnata, vivido por Paulo Vilhena.
Resumindo, ele é um famoso “músico”, de família rica que bebe Jurupinga, ou ele
ou sua mãe, que é alcoólatra e nunca deu atenção para o filho. Entre um show e
outro contempla o mundo com sua inconsequência, falta de educação e
provavelmente distribui umas doenças
venéreas. Depois de um desses shows, ele e seus amigos, incluindo um que
simboliza a visão do filme sobre o “não louco”, sendo um rapaz de terno e
gravata que trai a noiva, vão para a fachada do Vegas e entram em um inferninho
com o Tiririca como mestre de cerimônias. Nada de importante, apenas achei curioso.
O Magnata se torna vítima de suas próprias atitudes
desmedidas. André não sabe o que quer,
mas como bom garoto mimado, sabe que se identifica com maloquerios e ladrões.
Texto “Malhação para grandinhos” com intervenções da “consciência”
do personagem, interpretado pelo cantor Marcelo Nova, que deixa tudo bem
mastigado a exemplo de outros produtos similares. No geral, o filme mostra que para
levar a vida de louco, maluco, tantas, tantas e tantas vezes repetida nas
músicas do Charlie Brown Jr. tem que estar preparado para pagar um alto preço.
E enquanto não se reconhece o valor e não o preço das coisas, a vida de maluco não
tem sentido algum.
Vejo o argumento como uma forma que Chorão encontrou para
denunciar seus próprios problemas, tentar expurgar uma parte sua com a qual
sabia que em algum momento não teria forças para lidar.
Este texto foi simplesmente... Sublime! Parabens Dê!
ResponderExcluirHehehe brigadão, Dani!!!
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