quarta-feira, 6 de março de 2013

A vida te pede e a vida te dá



O cantor Chorão faleceu hoje, aos 43 anos de idade, em seu apartamento em Pinheiros, São Paulo. Há seis anos, não sozinho e deprimido como veio a óbito, e sim com o país aos seus pés fazendo muito sucesso, ele entregou para o diretor, até então de vídeo-clips e filmes publicitários, Johnny Araújo o argumento de "O Magnata". Johnny já tinha um forte nome do cenário musical, dirigiu clips do próprio Charlie Brown Jr. além de ter ganhado VMB com vários outros clips como Qual é, de Marcelo D2.


Estrelado por nomes grandes da TV e do cinema, como Maria Luisa Mendonça, Juliano Cazarré, Milhem Cortaz  e Chico Diaz, além de um elenco de desconhecidos e a própria banda, Charlie Brown como Charlie Brown, o filme conta a história de André, ou o Magnata, vivido por Paulo Vilhena. Resumindo, ele é um famoso “músico”, de família rica que bebe Jurupinga, ou ele ou sua mãe, que é alcoólatra e nunca deu atenção para o filho. Entre um show e outro contempla o mundo com sua inconsequência, falta de educação e provavelmente distribui  umas doenças venéreas. Depois de um desses shows, ele e seus amigos, incluindo um que simboliza a visão do filme sobre o “não louco”, sendo um rapaz de terno e gravata que trai a noiva, vão para a fachada do Vegas e entram em um inferninho com o Tiririca como mestre de cerimônias. Nada de importante, apenas achei curioso.


O Magnata se torna vítima de suas próprias atitudes desmedidas.  André não sabe o que quer, mas como bom garoto mimado, sabe que se identifica com maloquerios e ladrões.

Texto “Malhação para grandinhos” com intervenções da “consciência” do personagem, interpretado pelo cantor Marcelo Nova, que deixa tudo bem mastigado a exemplo de outros produtos similares. No geral, o filme mostra que para levar a vida de louco, maluco, tantas, tantas e tantas vezes repetida nas músicas do Charlie Brown Jr. tem que estar preparado para pagar um alto preço. E enquanto não se reconhece o valor e não o preço das coisas, a vida de maluco não tem sentido algum.

Vejo o argumento como uma forma que Chorão encontrou para denunciar seus próprios problemas, tentar expurgar uma parte sua com a qual sabia que em algum momento não teria forças para lidar.

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